GENTIANACEAE

Prepusa viridiflora Brade

Como citar:

Gustavo Martinelli; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Prepusa viridiflora (GENTIANACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

991,549 Km2

AOO:

36,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Ocorre exclusivamente em regiões montanhosas do Estado do Espirito Santo. Foi coletada entre 1000 e 1200 m de altitude (Calió et al., 2008; Calió, 2011). Foi considerada Rara por Calió; Guimarães (2009), de acordo com os critérios de raridade adotados por Giulietti et al. (2009).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Gustavo Martinelli
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Critério: B1ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Prepusa viridiflora apresenta EOO estimada em 853,75 km², e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça. Apesar de estar presente em duas unidades de conservação estaduais, estas não dispõem de estrutura que garanta a conservação efetiva da espécie. Incêndios ocasionais e a destruição do entorno dos afloramentos ou Inselbergs onde ocorre resultam em um declínio contínuo da qualidade do hábitat. Assim, foi avaliada como "Em perigo" (EN).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita por A.C. Brade em 1949. Chama-se P. viridiflora por apresentar cálice e corola esverdeados. (Calió et al., 2008). Dados filogenéticos e filogeográficos a posicionaram isoladamente das outras espécies que compõe o gênero (Struwe et al., 2011).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Não
Detalhes:

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Apresenta reduzidas populações, sendo estas conhecidas de apenas três localidades (Parque Estadual do Forno Grande; Parque Estadual Pedra Azul e área fora de UC - margens de rodovia).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: A espécie ocorre em Campos de Altitude e afloramentos rochosos em áreas altas (Calió et al., 2008; Saavedra et al., 2009; Calió, 2011).
Habitats: 4.7 Subtropical/Tropical High Altitude
Detalhes: Planta herbácea heliófita, rupícola ou saxícola; ocorre em Campos de Altitude e afloramentos rochosos em áreas altas associadas ao Domínio Fitogeográfico Mata Atlântica. Encontrada com flores de fevereiro a outubro e com frutos em março. (Calió et al., 2008). (Calió et al., 2008; Saavedra et al., 2009; Calió, 2011).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat) national very high
Os Campos de Altitude da Mata Atlântica sofremcom as atividades antrópicas realizadas em seu entorno e interior. Asensibilidade dos solos, rasos, facilita que processos erosivos entrem emcurso; a remoção da vegetação tampão no entorno facilita a invasão de espéciesexóticas invasoras com alto poder competitivo, que uma vez instaladas, competemdiretamente por recursos com a flora nativa (Martinelli, 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire national high
A maioria dos incêndios que incidem sobre os Campos de Altitude provem de práticas de manejo do solo inadequadas realizadas em seu entorno. Os proprietários rurais utilizam-se do fogo para a limpeza de terrenos para a plantação de culturas, para o estabelecimento de pastagens e para a limpeza de terrenos (Moraes, 2009).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
​A espécie consta no Anexo II da Instrução Normativa nº 6 de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008) sendo portanto, considerada Deficiente de Dados (DD). Foi considerada Em Perigo (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida pela Fundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Foi considerada Em Perigo (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do estado do Espirito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
3.2 Population numbers and range needed
Não existem dados quantitativos a respeito do número de indivíduos e real Área de Ocupação (AOO), uma vez que não se tem precisão sobre as populações.